JÚRI - PROJETOS DE ESCRITA CINEMATOGRÁFICA

Conheça o júri encarregado de selecionar as candidaturas de argumento para a CASA CINE 2025!

3/10/20256 min read

A SERENA Productions e a La Napoule Art Foundation têm o prazer de apresentar os profissionais que compõem o Júri de Argumentistas da CASA CINE 2025.

O júri reúne profissionais de renome, com percursos singulares e complementares no âmbito da criação cinematográfica.

De realizadores e argumentistas a produtores, distribuidores, programadores e diretores de festivais, os membros do júri trazem as suas próprias perspetivas e experiências ao processo exigente e delicado de seleção dos projetos de argumento que irão participar na próxima edição da residência.

Um enorme agradecimento aos jurados pela sua dedicação em apoiar obras de cineastas emergentes!

Ana Isabel Strindberg

Ana Isabel Strindberg é uma distribuidora e programadora portuguesa. É formada em Literaturas e Linguística Moderna pela Universidade da Sorbonne Nouvelle e em História de Arte pela École du Louvre. Trabalhou como jornalista e crítica de arte contemporânea e foi, mais tarde, assistente pessoal e de realização de João César Monteiro, cuja obra completa organizou numa edição em DVD em 2003.

Entre 2004 e 2007, foi diretora e programadora do Doclisboa, integrando também a direção da Apordoc e o conselho editorial da revista Docs.pt.

Desde 2010 que é programadora no IndieLisboa e organiza e coordena projeções de filmes portugueses internacionalmente. Tem integrado regularmente equipas de programação e painéis de jurados em vários festivais de cinema pelo mundo inteiro. Na distribuidora de cinema No Comboio, foi responsável pela estreia comercial de filmes portugueses de referência como A Toca do Lobo de Catarina Mourão, Colo de Teresa Villaverde e A Metamorfose dos Pássaros de Catarina Vasconcelos, entre outros. É atualmente diretora da Portugal Film - Agência Internacional de Cinema Português.

Anna Glogowski

Anna Glogowski nasceu no Brasil e iniciou a sua carreira na investigação e no ensino da sociologia, tendo depois passado a ocupar o cargo de diretora de documentários no Canal+, em França. Foi conselheira de programação na France Télévisions e programadora de diversos festivais, entre os quais Paris Cinéma, La Cita, e Doclisboa.

Em seguida, tornou-se consultora internacional no âmbito do desenvolvimento de projetos de cinema documental, como Cannes Docs, ADDOC, e Agora Docs Thessaloniki. Fez parte de várias comissões de financiamento do Centro Nacional de Cinema (CNC) francês, tal como Aide au Court-Métrage, Fonds bilatéral d’aide à la coproduction d’œuvres cinématographiques franco-portugaises e Aide aux Cinémas du Monde.

Foi membro do júri de diversos festivais, entre os quais DOK LEIPZIG, Visions du Réel, IDFA, CPH:Dox, festival de Roma, CINEMED, e Trieste Film Festival. Integra, desde 2003, o comité de seleção do festival É Tudo Verdade, no Brasil, e, desde 2019, do festival FIPADOC, em Biarritz.

Agnès Vallée

Agnès Vallée é uma produtora francesa. À frente da 31 Juin Films, ao lado de Emmanuel Barraux, já produziu, desde 2001, cerca de vinte longas-metragens, curtas e séries de ficção, amplamente exibidos em prestigiados festivais como Cannes, San Sebastián, Locarno e Nova Iorque.

Entre eles, destacam-se títulos como Verdade e Consequência, Médico de Província e Os Caloiros da Medicina, de Thomas Lilti, J'invente rien e Télégaucho, de Michel Leclerc, bem como Baby Love e Aux Jours qui viennent, de Nathalie Najem. Em 2024, produziu a longa-metragem de estreia de Julie Navarro, Quelques jours pas plus, um filme que conquistou o Swann d'Or de Melhor Primeiro Filme no Festival de Cabourg, o Prémio do Público no Festival Varilux do Rio de Janeiro e o Prémio de Melhor Atriz no Festival de Nice.

Além do cinema, Agnès Vallée também produziu a série Hippocrate para o Canal Plus. Aclamada pela crítica, a série chegou à terceira temporada em novembro de 2024 e foi distribuída em mais de 25 territórios.

Julie Lopes-Curval

Julie Lopes-Curval é uma argumentista e realizadora francesa. Após estudar artes visuais, com uma especialização em fotografia, dedicou-se à dramaturgia, escrevendo e encenando duas peças de teatro antes de se aventurar no cinema.

O seu talento para contar histórias para o grande ecrã começou a ganhar forma quando coescreveu o argumento de Adolescents (2000) de Valérie Minetto e de Une affaire qui roule (2001) de Éric Veniard. Mas foi com a realização da curta-metragem Mademoiselle Butterfly (2001) que começou a afirmar a sua voz autoral, levando o filme a vários festivais internacionais.

No ano seguinte, Julie Lopes-Curval conquistou o Festival de Cannes quando a sua primeira longa-metragem como realizadora, Bord de Mer (2002), foi galardoada com a Caméra d'Or na Quinzena dos Realizadores. Desde então, a sua filmografia veio a consolidar-se com obras marcantes como Toi et Moi (2006), com Marion Cotillard e Julie Depardieu, Mères et Filles (2009), com Catherine Deneuve, Marina Hands e Marie-José Croze e Le Beau Monde (2014), com Ana Girardot e Bastien Bouillon, onde explora os temas do amor e das diferenças sociais. Os seus filmes têm viajado por todo o mundo, tendo sido exibidos em festivais de renome como a Viennale, o TIFF de Toronto e o FIFF Namur.

Seguiram-se projetos televisivos, como L’Annonce (2016) para a Arte. Atualmente, Julie Lopes-Curval desenvolve o seu novo filme, uma adaptação de La Légèreté, baseado na banda desenhada de Catherine Meurisse. Paralelamente, co-escreve o novo projeto do cineasta Éric Caravaca.

Ao longo da sua carreira, Julie Lopes-Curval tem-se destacado pela delicadeza com que retrata as relações humanas e pela sensibilidade e nuance dos seus retratos femininos.

Laurent Trémeau

Após os estudos em cinema em Nancy, e depois em Nice, Laurent Trémeau cofunda a associação Héliotrope em 1997 com o objetivo de promover as curtas-metragens na Côte d'Azur.

Un Festival c'est trop court, o festival europeu de curtas-metragens de Nice, organizado pela Héliotrope, nasceu em 2000. Atualmente, Laurent Trémeau é o seu Diretor Artístico, alternando entre programação, formação e educação para a imagem.

Desde 2021, dirige La Résidence du Sud, uma residência itinerante de escrita para cinema na região sul de França, e dá aulas na Universidade de Nice Côte d'Azur no âmbito da licenciatura AMI e do mestrado DESN - Guiões e Escrita Narrativa.

Nana Jorjadze

Nana Jorjadze é uma argumentista, realizadora e atriz georgiana. Formou-se em música antes de obter um mestrado em realização cinematográfica na Universidade Estatal de Teatro e Cinema de Tbilisi.

Depois de receber a Caméra d'Or no Festival de Cannes em 1987 com a sua primeira longa-metragem, Robinsonade, or my English Grandpa, Nana Jorjadze ganhou reconhecimento internacional.

Nos últimos 40 anos, tornou-se numa figura chave do cinema georgiano, tendo realizado mais de 25 curtas e longas-metragens. O seu cinema é inspirado no realismo mágico, misturando memórias, contos e experiências com mundos de sonho. Destacam-se 27 Missing Kisses (2000), The Rainbowmaker (2008) e A Chef in Love (1996), que continua a ser o primeiro e único filme georgiano a ser nomeado para o Óscar de Melhor Filme Internacional.

Para além do seu trabalho como argumentista, realizadora e atriz, Nana Jorjadze lecionou na Universidade Estatal de Teatro e Cinema da Geórgia, em Tbilisi, e na Faculdade de Cinema de Moscovo entre 1985 e 1995, além de frequentemente dar masterclasses em países por todo o mundo.

Foi membro do júri do Festival de Cannes em 1992 e presidente da associação Cinema et Liberté do festival entre 1993 e 1996. Nana Jorjadze já integrou paineis de jurados em mais de 100 festivais de cinema internacionais. É também membro da Academia Europeia de Cinema, da Academia Americana de Cinema e da Academia Georgiana de Cinema.

Em 2023, Nana Jorjadze realizou Forced Migration of the Butterflies, que estreou no Festival Internacional de Cinema de Tbilisi, onde também foi galardoada com o Prométhée d'Or pela sua contribuição ao cinema. Atualmente, trabalha em The Prince and the Pauper, uma produção franco-georgiana.