JÚRI 2025 - PROJETOS DE COMPOSIÇÃO MUSICAL
Conheça o júri encarregado de selecionar os compositores de bandas sonoras para cinema para a CASA CINE 2025!
A SERENA Productions e a La Napoule Art Foundation têm o prazer de apresentar os profissionais que compõem o Júri de Compositores da CASA CINE 2025.
O painel reúne compositores de renome com sensibilidades artísticas e percursos de excelência para selecionar os compositores de bandas sonoras para cinema que irão participar na próxima edição da residência.
Da música clássica e orquestral às músicas do mundo e ainda ao rock e à electrónica, os membros do júri refletem toda a diversidade e riqueza da criação musical. De ouvidos apurados e com uma vasta experiência, estão prontos para reconhecer e valorizar vozes artísticas singulares.
Um enorme agradecimento aos jurados pela sua dedicação em apoiar obras de cineastas emergentes!
Antônio Pinto
Antônio Pinto é um compositor brasileiro. A sua carreira na música para cinema começou em 1995 com Terra Estrangeira, marcando o início de uma frutífera colaboração com o realizador Walter Salles, que continuou com Central do Brasil (1998), nomeado para Oscar e vencedor do Globo de Ouro, e Abril Despedaçado (2001). O seu trabalho nos filmes de Walter Salles, ao lado de Jacques Morelenbaum, Ed Côrtes e Beto Villares, trouxe-lhe reconhecimento internacional e levou a outros projetos aclamados, como Cidade de Deus (2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund, no qual trabalhou novamente ao lado de Côrtes. Nesta altura, compôs ainda a música para a série brasileira Cidade dos Homens, que estreou em 2002.
Desde então, Antônio Pinto tem construído uma carreira prolífica, compondo para inúmeros filmes brasileiros e hollywoodianos de renome. Contribuiu com música adicional para Collateral (2004), com Tom Cruise, e foi o principal compositor de filmes como Máximo 10 Unidades (2006), Um Perfeito Estranho (2007), Snitch - Infiltrado (2013), Lixo (2014), Outro/Eu (2015), O Banquete (2018), O Rapaz Que Prendeu o Vento (2019) e Nove Dias (2020). A sua banda sonora para O Amor nos Tempos de Cólera (2007) valeu-lhe uma nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Canção Original com Despedida, co-escrita com Shakira. Esta canção, juntamente com outra colaboração entre Pinto e Shakira, Hay Amores, foi incluída na banda sonora do filme, lançada pela Epic em 2008.
Além do cinema, colaborou com Beto Villares e outros artistas na música para as cerimónias de abertura dos Jogos Olímpicos de verão no Rio em 2016.
Antônio Pinto também é um compositor ativo para a televisão, tendo composto a banda sonora das séries brasileiras Sob Pressão (2017) e O Mecanismo (2018), bem como da adaptação para a TV americana de A Costa do Mosquito (2021).
Ao longo da sua carreira, Antônio Pinto compôs para mais de 80 produções cinematográficas e televisivas no total, e é internacionalmente celebrado pelas suas variadas bandas sonoras orquestrais que incorporam influências do folclore brasileiro e o som da guitarra acústica.
Delphine Mantoulet
Delphine Mantoulet é uma compositora francesa. Pianista de formação clássica, interessou-se inicialmente pelo mundo do rock e da música eletrónica. Começou a sua carreira como produtora em Londres com a Swan Island Music, uma editora electro underground, antes de se juntar à Warner Bros Music Studio em Paris e mais tarde à Naïve Records.
Foi quando conheceu o realizador Tony Gatlif no filme Exils, em 2004, que iniciou a sua carreira como compositora e desenvolveu uma paixão pelas músicas do mundo e pela música para cinema. Esta colaboração marcou o início de uma parceria artística fértil e duradoura. Continuou a colaborar com Tony Gatlif nos filmes Transylvania, Liberté, Indignados e Geronimo. Foi nomeada duas vezes para um César na categoria de Melhor Banda Sonora Original (Exils, 2004; Liberté, 2009) e recebeu numerosos prémios, incluindo o prémio de Melhor Banda Sonora Original pela canção Les Bohémiens, interpretada por Catherine Ringer no filme Liberté, atribuído pela Chambre Syndicale de l'Édition Musicale.
Delphine Mantoulet interessa-se também pela performance ao vivo. Em 2017, aceitou o desafio de compor a música contínua para um espetáculo de 80 minutos em homenagem a Claude Ponti, Lala Bidoum, no qual recria os contos imaginários, oníricos e fantásticos do autor. Apresentado na Cartoucherie, o espetáculo esteve em digressão por vários palcos franceses.
Em 2019, compõe a banda sonora do documentário Des Îles et Des Joueurs, de Philippe Moreau, e trabalha na música de uma série de Rita Elquessar. Ao lado de Karoline Rose Sun, Nicolas Reyes e Manero, Delphine Mantoulet compõe a banda sonora do filme Tom Medina, de Tony Gatlif, apresentado na seleção oficial do Festival de Cannes em 2021. No mesmo ano, Delphine Mantoulet foi nomeada Chevalier de l'Ordre des Arts et des Lettres.
Compôs a música para o filme Elbow de Asli Özarslan, que estreou na Berlinale e esteve ainda em competição no Festival Music & Cinéma em Marselha. Atualmente, compõe a música para Grandpa is Sleeping, de Matei Branea, e para o filme Ange et Soléa, de Tony Gatlif, com estreia prevista para 2025.
Jean-Louis Agobet
Compositor francês, Jean-Louis Agobet começou a estudar composição em 1983. Estudou no Conservatório de Aix-en-Provence com Michel Pascal, depois com Jacques Charpentier em Nice, antes de ingressar no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Lyon com Philippe Manoury.
A sua carreira foi lançada no início da década de 1990 ao receber comissões da Radio France, do Ministério da Cultura francês e do IRCAM. De 1996 a 1998, foi residente na Villa Medici em Roma. Posteriormente, foi compositor residente na Orquestra Nacional de Montpellier (1999-2001), na Orquestra Filarmónica de Strasbourg (2001-2005) e na Orquestra Nacional de Lorraine (2013-2015), produzindo grandes obras orquestrais de importância internacional, como Phonal (1999), Ritratto Concertante (2000) e Concerto para Violino (2013), entre outras.
A sua peça Génération (2002), um concerto grosso para três clarinetes e orquestra completa, estabeleceu Jean-Louis Agobet como um dos mais importantes compositores franceses da sua geração. O álbum resultante ganhou um prémio Victoire de la Musique para Melhor Gravação de 2006.
Recebeu numerosos prémios ao longo do seu percurso, entre eles o Prémio Especial do Prix Italia 1995 (Bolonha), o Prémio Pierre Cardin 2003 (Académie des Beaux-Arts, Paris) e o prémio da Académie Charles Cros 2005. Em 2021, foi-lhe atribuído o Grande Prémio SACEM pela sua carreira.
As obras de Jean-Louis Agobet são interpretadas em todo o mundo por orquestras e conjuntos de topo. O seu catálogo - que inclui música de câmara e vocal, concertos, obras para orquestra, para ensemble - é publicado pela Jobert, Peermusic classical e pela Artchipel. Para além do seu trabalho como compositor, Jean-Louis Agobet é professor de composição musical no Conservatório de Bordeaux desde 2011. É frequentemente convidado a dar aulas em universidades de todo o mundo.
Julien Vega
Julien Vega é compositor e professor universitário. Estudou piano, harmonia, orquestração, arranjo e análise em vários conservatórios franceses (Aix en Provence, Montpellier, Nice). Recebeu o 1º prémio de piano, música de câmara e formação musical aos 16 anos e licenciou-se em composição de jazz no Conservatório de Nice.
Músico multifacetado, arranjador versátil e orquestrador sensível, pode ser encontrado ao piano numa variedade de formações de música clássica, jazz e contemporânea, acompanhando dança, e até mesmo flutuando no mar (Compagnie La Rumeur / Marselha). Em 2013, ganhou o concurso para a melhor banda sonora de filme de animação (CIMFA - Annecy).
Compõe música original para documentários e compôs numerosas bandas sonoras para televisão, rádio e publicidade, nomeadamente para produções da Netflix, OCS e Amazon.
Julien é também membro do corpo docente do mestrado MSC Sound Design and Music on Screen na Université de Nice Côte d'Azur.