MENTORES CASA CINE 2023 : AGNÈS JAOUI
Conheça os cineastas que acompanharão os residentes da CASA CINE 2023!
Agnès Jaoui é uma actriz, argumentista e realizadora Francesa. Descobriu o amor pelo teatro na escola secundária e foi aos 15 anos que iniciou a sua formação como atriz, quando se inscreveu no Cours Florent. Em 1984, frequenta as aulas de teatro no Théâtre des Amandiers dirigidas por Patrice Chéreau. Durante o seu percurso, foi para os Estados Unidos, onde completou os seus estudos em comédia musical.
Em 1987, surgiu a sua primeira grande oportunidade, quando obteve um papel em "Hôtel de France" de Patrice Chéreau. Depois, juntamente com Jean-Pierre Bacri, com quem veio a colaborar ao longo da sua carreira, escreveu peças de teatro que mais tarde ganharam sucesso com as suas adaptações ao grande ecrã. Entre elas estão "Cuisine et Dépendances" (1993), com realização de Philippe Muyl e "Un Air de Famille" (1996), realizado por Cédric Klapisch. Adaptou ainda a peça “Intimate Exchanges” de Alan Ayckbourn, que se tornou no filme em duas partes “Fumar/Não Fumar” (1993), de Alain Resnais, com quem voltou a colaborar em "É Sempre a Mesma Cantiga” (1997).
Em 2000, Agnès Jaoui estreia-se como realizadora com "O Gosto dos Outros", que atraiu 4 milhões de espectadores e foi nomeado para o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Seguiram-se "Olhem Para Mim" (2004), “Deixa Chover” (2008), “E Viveram Felizes Para Sempre…?” (2013), e “Na Praça Pública” (2018), todos co-escritos com Bacri.
O trabalho de Jaoui tem sido aclamado pela crítica e já lhe valeu inúmeros prémios, incluindo três prêmios César de Melhor Argumento e um de Melhor Atriz Secundária. Mas Jaoui não é apenas uma cineasta. Em 2006, lançou o seu primeiro álbum "Canta", que ganhou um prémio Victoire de la Musique, no qual partilha o seu amor pela música latina. Seguiram-se os álbuns “Dans Mon Pays” e “Nostalgias”, nos quais canta em quatro línguas (espanhol, francês, hebraico e árabe).
Agnès Jaoui tem assumido, ao longo da sua carreira, um forte compromisso político. Mais recentemente integrou o colectivo 50/50, que visa promover a igualdade e diversidade de género na indústria cinematográfica e audiovisual.
A sua capacidade de observar e retratar a vida quotidiana, acompanhada pelo recurso ao humor corrosivo para criticar as normas sociais, tornaram-na numa figura emblemática da indústria cinematográfica.
De 9 a 30 de maio, durante a residência, Agnès Jaoui e Fernando Pérez partilharão as suas perspetivas e experiências profissionais com os participantes selecionados, atentando às necessidades da escrita de cada projeto de longa-metragem.
A CASA CINE irá proporcionar aos cineastas participantes, no ambiente singular do Château de la Napoule, uma oportunidade única de aprenderem e colaborarem com cineastas de renome internacional durante o Festival de Cannes.
