JÚRI - PROJETOS DE ESCRITA CINEMATOGRÁFICA

Conheça o júri de 2023 do painel de argumento

3/22/20234 min read

A CASA CINE tem o prazer de apresentar o painel de jurados responsável pela seleção dos 4 projetos de escrita de argumento para a participação na primeira edição da residência, que tem lugar no Château de La Napoule, de 9 a 30 de Maio de 2023.

À imagem da residência, o júri é constituído por profissionais de origens e percursos diversos. De argumentistas a realizadores, da produção à difusão, o painel representa uma variedade de sensibilidades e universos que permitem a apreciação das mais variadas histórias. É um júri internacional e intergeracional, à semelhança dos nossos candidatos!

Alexandre Perrier

Alexandre Perrier é produtor em França.

Após ter trabalhado como realizador, Alexandre Perrier passou a dedicar-se à produção. Em 2002, fundou a associação KIDAM e começou a produzir vídeos musicais, gravações e documentários musicais. O desenvolvimento da sua actividade levou-o a transformar esta estrutura numa empresa em 2006, a fim de desenvolver projectos de maior escala para televisão e cinema.

Em 2010, a KIDAM fundiu-se com Bastien Ehouzan e a empresa de François-Pierre Clavel, VUDEFACE, permitindo assim uma diversificação na produção de ficção e documentários, tanto curtas como longas-metragens. Em 2017, foi nomeado para o César de melhor documentário com o filme SWAGGER de Olivier Babinet.

Hoje trabalha, em conjunto com François-Pierre, numa linha editorial estruturada em torno de dois eixos: ficção e documentário para cinema e audiovisual. São produtores de autores como Vincent Paronnaud, Olivier Babinet, Emmanuel Marre e Julie Lecoustre, Alex Poukine, Damien Odoul, Jérôme Clement-Wilz. Os filmes que produziram foram apresentados em festivais como Cannes, Berlim, e Locarno, tendo sido destinguidos com mais de uma centena de prémios pelo mundo.

Alexandre Perrier participa regularmente em comissões, nomeadamente o adiantamento das receitas do CNC e residências de apoio a autores como a CASELL'ARTE, na Córsega.

Anna Glogowski

Anna Glogowski nasceu no Brasil e iniciou a sua carreira na investigação e no ensino da sociologia, tendo depois passado a ocupar o cargo de diretora de documentários no Canal+, em França. Foi conselheira de programação na France Télévisions e programadora de diversos festivais, entre os quais Paris Cinéma, La Cita, e Doclisboa.

Em seguida, tornou-se consultora internacional no âmbito do desenvolvimento de projetos de cinema documental, como Cannes Docs, ADDOC, e Agora Docs Thessaloniki. Fez parte de várias comissões de financiamento do Centre National du Cinéma et de l'Image Animée, tal como Aide au Court-Métrage e Aide aux Cinémas du Monde. Foi membro do júri de diversos festivais, entre os quais DOK LEIPZIG, Visions du Réel, IDFA, CPH:Dox, festival de Roma, CINEMED, e Trieste Film Festival.

Integra, desde 2003, o comité de seleção do festival It’s All True, no Brasil, e, desde 2019, do festival FIPADOC, em Biarritz.

Aude Chevalier-Beaumel

Nascida em França, Aude Chevalier-Beaumel estudou na Ecole Supérieure des Beaux-Arts, antes de se mudar para o Brasil em 2007.

Foi lá que realizou os seus principais documentários Estrada, Rio Année Zéro e Sexe, Prêches et Politique, que foram exibidos em vários festivais. A sua última longa-metragem Indianara, co-dirigida com Marcelo Barbosa, foi selecionada para o ACID Cannes em 2019, tendo mais tarde estreado nas salas de cinema, com sucesso internacional.

Em paralelo com o seu trabalho de realização, Aude é também jornalista e correspondente no Brasil para vários meios de comunicação social franceses. Em 2020, tornou-se membro do júri do ACID Cannes.

Em 2022, dirigiu uma série documental sobre a vida quotidiana das trabalhadoras do sexo no Rio de Janeiro. Actualmente, a realizadora está a escrever o seu primeiro filme de ficção e a desenvolver novos projectos de documentários.

Isabel Dréan

Isabel Dréan é uma argumentista, realizadora e produtora canadiana.

A sua obra é inspirada por temas da maternidade, destacando perspectivas femininas sobre as realidades contemporâneas. Gosta de explorar a dualidade entre a luz e a obscuridão da natureza humana através de histórias psicologicamente complexas.

A sua curta-metragem Let Go, sobre a perda de um filho, foi vencedora de vários prémios, incluindo Melhor Curta-Metragem, Melhor Realizadora e Melhor Fotografia no Los Angeles New Wave International Film Festival. Ganhou também Melhor Realizadora no HollyWeb Festival e no Austin WebFest pela sua série de curtas-metragens Manigances, uma das mais vistas no Canadá. Inspirada pela sua trajetória de vida pessoal, acaba de completar o guião de longa-metragem de ficção Love Letter to Laos.

Originária de Montreal, mas nómada por natureza, a sua paixão por viajar conduziu-a aos quatro cantos do mundo, levando-a a viver e a mergulhar numa diversidade de culturas que continuam a influenciar e a inspirar as suas histórias.

Marcelo Barbosa

Nascido no Brasil, Marcelo Barbosa estudou cinema na Universidade de Brasília. Fotógrafo desde a adolescência, trabalhou para inúmeras revistas. Como realizador, trabalhou em curtas-metragens, filmes de animação, filmes experimentais e videoclips antes de assinar, juntamente com Aude Chevalier-Beaumel, a sua primeira longa-metragem, INDIANARA, que estreou na ACID Cannes 2019, foi selecionado para mais de 60 festivais internacionais e lançado nas salas de cinema no mesmo ano.

Em 2020, foi membro do júri de seleção da ACID POP. Em 2023, acaba de lançar a média-metragem VALE?, que aborda cinco artistas perante os desastres das empresas mineradoras.

Está no início das filmagens do seu novo projeto, a longa-metragem A MULHER E O SONHO, que trata os relatos de sonhos de uma mãe presidiária. Prepara ainda o filme GISELLE, uma versão da história do famoso ballet transposta para a periferia brasileira.